
Em
9 de fevereiro de
1995 o governo do
México declarou publicamente que conhecia a identidade de Marcos, identificando-o como sendo Rafael Sebastián Guillén Vicente, ex-professor da
Universidad Autónoma Metropolitana (UAM) da
Cidade do México.
Guillén nasceu no
México, filho de
imigrantes espanhóis, estudou no instituto jesuíta em
Tampico. Depois se mudou para a capital do México, onde se formou em
filosofia na
Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) com o trabalho de tese "Filosofia e educação: práticas discursivas e práticas ideológicas em livros de escola primária". Depois começou a trabalhar como professor na
Universidad Autónoma Metropolitana e logo iniciou sua atividade com os
zapatistas.
Marcos sempre negou ser Rafael Guillén, familiares dizem ignorar o paradero de Rafael, e afirmam que nunca foi realmente confirmado que Marcos e Rafael eram a mesma pessoa. Na marcha até a
Cidade do México em
2001, Marcos visitou a UNAM e durante seu discurso deixou claro que já havia estado ali antigamente.
Como muitas pessoas de sua geração, foi afetado pela
Matança de Tlatelolco em
1968 e ingressou em uma organização
Maoísta, passando posteriormente ao
Zapatismo.
EZLN
Depois de ingressar no
EZLN, Marcos transformou sua
ideologia, rodeado de visões revolucionárias mais pós-modernas, outras idéias que são expostas em seus discursos e ações estão mais relacionadas com os ideais
marxistas do
italiano Antonio Gramsci, muito populares no México quando estudava na
Universidade.
A máscara
O comunicado abaixo do subcomandante de
28 de março de
1994 explica o porquê de esconder os rostos e porque todos os zapatistas dizem que se chamam "Marcos":
"Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestiniano em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, rockero na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México." Enfim, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias intoleradas, oprimidas, resistindo, exploradas, dizendo ¡Ya basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e agüentar. Todos os intolerados buscando uma palavra, sua palavra. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, este é Marcos."